segunda-feira, 30 de setembro de 2013

MATERIAIS DENTÁRIOS II - RESINAS ACRILICAS

GENERALIDADES SOBRE POLÍMEROS
RESINAS ACRÍLICAS

GENERALIDADES SOBRE POLÍMEROS
Ø Definição de polímeros
 “Polímeros são materiais orgânicos ou inorgânicos, sintéticos ou naturais, de alto peso molecular  (macromolécula) de cadeia longa, constituídos de muitas unidades repetidas (monômeros) unidas por ligação covalentes.”
Ø Definição de monômero, polímero, cadeia polimérica
Polímeros formados por cadeias lineares
Polímeros formados por cadeias ramificadas
Polímeros formados por cadeias com ligações cruzadas
 - Aumento da complexidade das cadeias, menor deformação sob tensão ou aumento de temperatura, maior resistência à solubilidade, à sorção de água, ao desgaste e maior rigidez.
Ø Polimerização
Ativação física: resinas compostas
Ativação química ou térmica: resinas acrílicas
Ø Estágios da polimerização
1. Indução
    1.1 – Ativador
- Ativador:
·         Físico - Luz
·        Químico - Ex: amina terciária (dimetil-para-toluidina) ou derivados do ác. sulfínico.
·         Térmico - Calor

    1.2 – Iniciador
·        Físico: Canforoquinona/Amina
·         Químico ou Térmico: Peróxido de benzoíla
2. Propagação
3. Terminação
Desativação do polímero
·        Acoplamento direto (união de 2 cadeias em formação)
·        Transferência de um átomo de hidrogênio de uma cadeia para outra (o H2 neutraliza o radical livre)
Ø Mecanismos de polimerização
Polimerização por condensação
Polimerização por adição

RESINAS ACRÍLICAS
Ø Usos na odontologia
Próteses dentárias:
o   "Definitivas”;
§  total, parcial e unitária (veneer).
o   Provisórias;
§  “pererecas”, coroas.
o   Próteses buco-maxilo-faciais.
Material auxiliar para a confecção de próteses:
o   Moldeira individual, padrão de fundição, stop oclusal, jigs.
Ortodontia, odontopediatria e oclusão:
o   Aparelhos expansores, mantedores de espaço, estabilizadores, placas de mordida.
Material auxiliar em cirurgia e traumatologia:
o   Guias cirúrgicos.
Ø Razões da popularidade das resinas acrílicas na Odontologia
Estética:
o   Translucidez;
o   Cores;
o   Estabilidade de cor.
Propriedades físicas:
o   Resiliência e resistência;
o   Baixa densidade;
o   Estabilidade dimensional.
Propriedades biológicas:
o   Sabor e odor;
o   Pouco irritante (pode ser alergênico)
Técnica:
o   Disponibilidade no mercado;
o   Baixo custo;
o   Fácil manuseio e passível de reparo.
Ø Monômero: metil metacrilato (MMA)
Propriedades do monômero:
         Líquido à temperatura ambiente
         Temperatura de ebulição 100,8°C
         Polimerização por adição
         Reação exotérmica
Ø Cadeia polimérica: polimetilmetacrilato (PMMA)
Ø Apresentação comercial
Pó (RAAT e RAAQ)
         Polimetacrilato de metila (pérolas)
         Peróxido de Benzoíla
         Copolímeros (Glicoldimetilmetacrilato)
         Pigmentos
         Fibras de Nylon
         Opacificadores (titânio / óxido de zinco)
Líquido
v       RAAT:
         Metilmetacrilato
         Hidroquinona (inibidor)
         Glicoldimetilmetacrilato (ligação cruzada)
v RAAQ:
·        Metilmetacrilato
·        Hidroquinona (inibidor)
·        Glicoldimetilmetacrilato
·        Amina terciária (dimetil-para-toluidina)
Ø Inibidores da polimerização
Hidroquinona
Eugenol
Oxigênio (resinas compostas)
Ø Manipulação
v Fases macroscópicas da mistura das resinas acrílicas
Arenosa, pegajosa, plástica e borrachoide
Ø Aspectos da manipulação
Proporção pó/líquido (3/1 volume)
          Muito pó: cobertura inadequada do monômero nos espaços entre as partículas de pó, fragilidade do material produzindo porosidade.
          Muito monômero: produz contração de polimerização e perda da adaptação interna da dentadura.
Controle da cor:
          A cor é incorporada ao pó do polímero;
          Pouco pó produz nuance bem clara
Porosidade:
          A polimerização é uma reação exotérmica e gera ± 100°C, se esta temperatura for excedida antes do processo de polimerização ter completado irá produzir o monômero gasoso e formação de bolhas.
          Para evitar as porosidades devemos aumentar a temperatura lentamente e de forma controlada.
Biocompatibilidade
Monômero residual – inevitável!!
Para minimizar:
          Correta proporção pó/líquido;
          Tampar o pote após a mistura;
          Manipular a massa apenas na fase plástica,
         Correta aplicação de calor para as RAAT
          Banhos pós-polimerização
         RAAQ
Polimerização química. A reação inicia no momento da mistura.
         RAAT
Polimerização térmica. A reação só inicia no fornecimento do calor (> 60ºC).
         Independente do método de polimerização ambas apresentam as fases macroscópicas da mistura.
Ø Ciclos de polimerização das RAAT
Controlar  o aquecimento para a polimerização
Evitar a ebulição do monômero (acima de 100°C)
 Evitar a formação de poros na parte  interna
Ø Ciclo australiano (1943)
Ø Ciclo da ADA modificado
Ø Resumo das propriedades

RAAQ

RAAT

Grau de polimerização

< 
> 
Monômero residual
+++
++
Resistência mecânica
< 
> 
Resistência à abrasão
< 
> 
Estabilidade de cor
< 
> 
Sorção de água
>> 
> 
Adaptação
Razoável
Boa
Tempo de polimerização
2 a 3 horas
Segundo o ciclo
Tempo de trabalho
< 
> 
Equipamento-custo
< 
> 
Toxicidade
>> 
> 


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